A
previsão é ameaçadora: aproximadamente 50% da população mundial poderá
desenvolver algum tipo de transtorno mental em determinado momento da vida,
afetando diretamente nos relacionamentos pessoais. Essa possibilidade é
descrita pelo psiquiatra, psicoterapeuta e escritor brasileiro Augusto Cury,
autor de livros publicados em mais de 60 países, que completa afirmando que,
desse total, somente uma pequena parte irá procurar e receber tratamento
adequado.
Para
ele, poucas pessoas têm segurança emocional e situações geradoras de estresse,
como dificuldades no relacionamento com outras pessoas, como problemas e
conflitos no trabalho e na família, violência urbana, bullying, o alto nível de
perfeccionismo, intolerância e a necessidade neurótica de controle sobre o
outro são algumas das coisas que contribuem para o aparecimento de transtornos.
“As
pessoas têm seguros de todas as coisas: carro, casa, vida, mas ninguém tem um
seguro para a emoção, até porque é difícil segurá-la. Não sabemos como aumentar
a compreensão sobre o outro. Temos que entender que por trás de uma pessoa que
fere, há um pessoa ferida. As pessoas devem se doar e diminuir a expectativas
do retornos. Ninguém vai nos machucar mais do que as pessoas em que mais
apostamos: filhos, parceiros, pais, amigos e pessoas íntimas”, explicou.
O
psiquiatra revela a presença perigosa do “agiota da emoção”, que são as pessoas
que se doam para os outros e que têm a necessidade neurótica de controle
sobre o outro. Há também aqueles que cobram demais de si mesmos. Os
primeiros querem e que têm a necessidade de que o outro seja à sua imagem e
semelhança, que cobram, punem, chantageiam, pressionam causando danos às
habilidades sócio emocionais. Já os do segundo grupo são ótimos para a sociedade,
porque cobram muito de si mesmos, mas não conseguem relaxar com os próprios
erros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário