terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Hospital Psiquiátrico promove festa de Natal solidária nesta quinta-feira(20) e incentiva doações


Incluir os pacientes psiquiátricos dentro das comemorações natalinas, resgatando sua autoestima,  levando alegria e fortalecendo seus laços familiares, com esse objetivo o Hospital Psiquiátrico Professor Severino Lopes(HPPSL) promove, nesta quinta-feira(20), às 14 h, na área de recreação da instituição, sua confraternização de Natal.

Toda a equipe do hospital tem se mobilizado para fazer um grande evento e para tornar ainda mais feliz o Natal dos pacientes. Nessa mobilização, o setor de serviço social da instituição tem se empenhado na arrecadação de presentes para os pacientes. Todas as doações são muito bem-vindas desde roupas, sapatos até lembrancinhas,  podem ser deixadas na recepção da instituição ou entrado em contato para combinar a entrega através do 30264850.

O clima Natalino já está instalado na instituição. Os pacientes estão participando ativamente da preparação da festa. Foram realizadas oficinas de confecção de cartões natalinos que serão entregues aos familiares e de produção de enfeites para decorar a festa.

Outra grande atração do evento é o Coral Natalino formado pelos pacientes. Os ensaios estão acontecendo durante todo o mês de dezembro sobre a coordenação do setor de musicoterapia e pedagogia, contando com muita animação e entusiasmo por parte dos participantes.
                             














quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em alusão à reportagem publicada na última quinta-feira (6), no Portal O GLOBO, com o título “Força-tarefa mira irregularidades em hospitais psiquiátricos de todo país”, a Federação Brasileira de Hospitais (FBH), entidade que há mais de 50 anos representa o setor hospitalar brasileiro, com mais de 4.300 estabelecimentos associados, vem por meio desta nota esclarecer:
1- A Federação Brasileira de Hospitais (FBH) apoia o exercício do controle social, bem como fiscalizações técnicas que coíbam falhas ou abusos nos serviços de saúde, porém, desde que realizadas por entidades com respaldo técnico e jurídico para tal. O que não foi observado na inspeção citada na reportagem, realizada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em clínicas e hospitais psiquiátricos. A mesma não foi acompanhada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), órgão que regulamenta o exercício da prática médica hospitalar no país, tampouco pelos Conselhos Regionais do órgão. Ressalta-se ainda que a entidade que representa os psiquiatras do país, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) também não foi convidada para participar da fiscalização do CNMP;
2- As inspeções foram conduzidas por técnicos do Conselho Federal de Psicologia (CFP), entidade que não tem respaldo para avaliar a conduta e o tratamento médico;
3- Pôde-se notar que parte considerável das entidades que compuseram as Equipes de fiscalização, liderada pelo CNMP, são notoriamente contrárias à existência dos Hospitais Psiquiátricos, meramente por questão ideológica, tais como a Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME) e Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT). Tal situação gera claro viés na condução da fiscalização realizada nos Hospitais;
4- Vale ressaltar que a reintrodução de clínicas e hospitais psiquiátricos na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme implementado pela “Nova Política Nacional de Saúde Mental”,  não preconiza a volta de manicômios, muito menos extingue o funcionamento de outras unidades da rede, a exemplo dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Ao contrário, trata-se de um novo modelo organizacional, que reestabelece a assistência integral ao paciente com transtorno grave, na medida em que oferta serviços complementares aos de base comunitária;
5- A introdução de leitos psiquiátricos visa, portanto, acabar com as lacunas na assistência de pacientes graves, que não tinham para onde ser encaminhados e, por conta disso, tinham sua assistência negligenciada, com sérios prejuízos à sua saúde, desrespeitando seus direitos fundamentais ao cuidado em saúde, com as suas necessidades clínicas, tal qual preconiza a legislação brasileira (Constituição Brasileira e Lei 10.216/2001). A ausência de leitos para internação em Hospitais Psiquiátricos para pacientes com transtornos mentais graves agudizados é uma afronta aos direitos de tais pacientes e de seus familiares. Conforme informação da Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, hoje o Brasil conta com um terço do mínimo de leitos de internação psiquiátrica que deveria ter. Isso sim é uma afronta aos Direitos Humanos da população e fazia parte da “Antiga Política Nacional de Saúde Mental”, o que levou graves problemas de indicadores de Saúde Mental no país, tais como: Aumento das Taxas de Suicídio; Aumento de Pacientes com Transtornos Mentais Graves e Dependência Química como Moradores de Rua; Alta Prevalência de Pacientes com Transtornos Mentais Graves nos Presídios; Aumento da Mortalidade de Pacientes com Transtornos Mentais Graves; Aumento do Uso de Drogas e de Dependência Química; Aumento e Expansão das Cracolândias; Superlotação de Serviços de Emergência com Pacientes em Espera de Vagas para Internação; Aumento de Pacientes Afastados do Trabalho no INSS, principalmente por Depressão e Dependência do Crack;
6- No tocante ao custeio dos Serviços da RAPS, o cenário herdado da “Antiga Política Nacional de Saúde Mental” também deixa claro a falta de compromisso dos antigos gestores Federais, bem como de Estados e Municípios e estados com os recursos destinados ao funcionamento de CAPS, Serviços de Residência Terapêutica (SRT), Unidades de Acolhimento (UA) e Leitos de Saúde Mental em Hospitais Gerais. Como medidas imediatas para combater a ingerência e a falta de compromisso com recursos públicos destinados à RAPS, o Ministério da Saúde emitiu, no mês de novembro, duas portarias (3.659/2018 e 3.718/2018) em que determina a suspensão do repasse de recursos para Serviços que não apresentavam produção de atendimento; bem como exige a devolução de recursos não investidos nas RAPS;
7- A FBH também reitera o seu compromisso de buscar meios e soluções para que os estabelecimentos hospitalares busquem sempre a melhor qualidade do serviço prestado, em respeito ao paciente, usuário dos serviços, e em respeito ao recursos público investido;
8- Diante do apresentado acima, é importante esclarecer que a fiscalização dos Serviços assistenciais da RAPS como um todo é fundamental para o seu adequado funcionamento, buscando sempre o melhor tratamento aos pacientes, respeitando seus direitos. Porém, vale ressaltar que não é mais aceitável que tal ação seja eivada de componentes ideológicos, não-técnicos e buscando claramente denegrir Serviços e condutas psiquiátricas que são essenciais para o tratamento de pacientes com transtornos mentais graves.
Luiz Aramicy Bezerra Pinto – presidente da Federação Brasileira de Hospitais.
Brasília, 10 de dezembro de 2018

Postagens populares