quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Projeto de Pedagogia já está em funcionamento no Hospital Severino Lopes

As aulas do projeto RN Alfabetizado já foram iniciadas, elas ocorrem todas terças e quintas-feiras, das 9 as 10 horas. A professora Ana Elisa Damasceno é a responsável pela reimplantação do projeto no Hospital, que conta com apoio da equipe interdisciplinar da instituição. O projeto faz parte do programa RN Caminhando, do governo do estado em conjunto com o governo federal, que buscam a alfabetização de jovens e adultos.





quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Esquizofrênico é amarrado pelo pescoço e espancado em Natal

Jovem de 26 anos foi confundido com ladrão após quebrar vidro de carro.

Um rapaz diagnosticado com esquizofrenia foi agredido por populares e amarrado pelo pescoço em um poste após quebrar o vidro de um carro que estava estacionado na avenida Prudente de Morais, na tarde desta sexta-feira (13), no bairro de Lagoa Seca, em Natal. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou Igor Carlo Guerra do Nascimento, de 26 anos,  para a Delegacia de Plantão da zona Sul. Não foi registrado boletim de ocorrência nem por parte do dono do carro, nem por parte do rapaz agredido.
Igor foi amarrado pelo pescoço em um poste (Foto: Reprodução)
Igor foi amarrado pelo pescoço em um poste
(Foto: Reprodução)
Uma pessoa que passava pelo local registrou a agressão e enviou o vídeo ao G1. O vídeo mostra o rapaz sendo amarrado pelo pescoço com uma corda em um poste e levando chutes e murros de populares.
A mãe de Igor, a auxiliar de farmácia Minerva de Medeiros, de 49 anos, contou ao G1 que o filho saiu de casa para ir a uma consulta com o psicólogo. Ela terminava de se arrumar para acompanhá-lo, mas ele não quis esperar. “Ele foi na frente e eu saí em seguida. Quando vi a confusão na avenida Prudente de Morais me aproximei e vi que era meu filho. Eu comecei a gritar, a pedir para pararem de agredi-lo. Fiquei desesperada quando vi meu filho amarrado”, disse.

 
 
O soldado Nascimento, que atendeu a ocorrência, disse que ao chegar ao local o rapaz estava amarrado pelo braço. "Ele não estava mais sendo agredido. O caso dele é de hospital, não de delegacia, mas trouxemos ele pra cá para evitar uma confusão maior no local. A mãe dele assumiu o prejuízo e não foi preciso registrar ocorrência. É uma pena que a população tenha agido dessa forma, mas a sociedade está tão cansada de tanta violência que ninguém sabe como agir em uma situação como essa", afirmou. O PM afirmou que a orientação à população é que acione a polícia para que sejam tomadas as providências. O dono do carro estava na delegacia, mas não quis falar com a reportagem.

Minerva de Medeiros contou que a doença do filho foi diagnosticada em 2008 e desde então ele faz acompanhamento médico e toma remédios controlados. Ela apresentou o atestado onde consta que o filho tem CID10: F25, que pela Classificação Internacional de Doenças significa transtornos esquizoafetivos. “Ele tem esses rompantes, essas mudanças repentinas de comportamento. Uma hora ele está bem, em outra fica agressivo”, contou. Ela relatou que essa não é a primeira vez que ele tem uma crise na rua. “Ele já agrediu um rapaz na rua uma vez sem razão aparente e também já quebrou móveis e eletrodomésticos em casa”, disse.

Na delegacia, Igor relatou que quebrou o vidro do carro com uma torneira de alumínio que ele levava no bolso. Perguntado sobre as razões que o levaram a fazer isso ele respondeu apenas "não sei".
Emocionada, a mãe de Igor falou do preconceito enfrentado pela família. “É muito difícil, as pessoas não entendem a doença, a sociedade ainda tem muito preconceito, é injusta”, disse. Apesar das agressões sofridas pelo filho, ela optou por não registrar boletim de ocorrência. “Eu não quero mais problemas, tudo isso é muito difícil. Estar em uma delegacia já é muito humilhante. Meu sentimento hoje é confuso”.

Mãe apresentou atestado do filho Igor Carlo do Nascimento (Foto: Fernanda Zauli/G1) 
 
Mãe apresentou atestado do filho Igor Carlo do Nascimento (Foto: Fernanda Zauli/G1)
 

 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Caminhada na Beira Mar lembra que é possível prevenir o suicídio

Seis em cada 100 mil habitantes no Brasil cometem suicídio. A IV Caminha Pravida, realizada ontem na Beira Mar, alertou que é possível prevenir o suicídio, quando se dá a devida atenção à solidão do outro e à depressão

A IV Caminhada Pravida foi realizada na avenida Beira Mar.
O evento fez menção ao Dia Mundial de
Prevenção do Suicídio (10 de setembro)
Quando os dias perdem as cores, quando sorrir já não faz mais tanto sentido, quando o quarto torna-se o escape mais opressor da realidade, é preciso que a ajuda chegue. E rápido. Perder o gosto pela vida leva ao suicídio seis em cada 100 mil habitantes no Brasil. “São mortes que podem ser evitadas”, adverte o médico psiquiatra Fábio Gomes de Matos.

A IV Caminhada Pravida levou, aos que passavam ontem na avenida Beira Mar, a mensagem de que a prevenção do suicídio sempre é possível, se, diante do desespero interior do outro, for dispensada atenção médica e ambulatorial, além do olhar atento dos familiares. O evento foi realizado pelo Projeto de Apoio à Vida (Pravida), atividade da Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC). Faz também menção ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro).

A solidão, conforme aponta o médico, é o que mais motiva o desejo de morrer. Ela parte de cinco diagnósticos verificados em 98% dos casos: depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, abuso de substâncias e transtorno de personalidade Borderline. “Todos tratáveis. Não devemos desprezar quando as pessoas falam em morrer”, alerta Fábio.

O primeiro passo, aconselha o psiquiatra, é a prevenção, encaminhando as pessoas para orientação médica. “Não se pode deixar que a pessoa chegue na depressão grave”. A segunda providência é o tratamento intenso, ambulatorial e psiquiátrico. O suicídio acontece quando há a ausência dessas atitudes ou o cuidado tardio com o doente. “Acompanhar muito bem as pessoas que tendem ao isolamento é fundamental”, reforça o médico.

Faltam leitos

A rede de assistência ao doente mental, no estado, ainda é muito falha, segundo o médico Wagner Gurgel. A única emergência psiquiátrica “com médicos 24 horas” está no Hospital Mental de Messejana. “Faltam leitos. Na atenção básica, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), não dão conta da demanda e não possuem uma ligação devida com a rede terciária. No interior, o problema é muito pior”, denuncia.

O médico, que trabalha em Ibaretama, próximo a Quixadá, busca especializar-se em psiquiatria. Ele diz que a área passa por uma crise até mesmo em relação ao interesse dos recém-formados em medicina. “Há preconceito entre os próprios médicos, têm-se medo dos pacientes. E é preciso vocação para seguir. As condições de trabalho não ajudam”, relata.
 Serviço
Reuniões no Pravida
Unidade de Saúde Mental,no Hospital Universitário (rua Capitão Francisco Pedro, 1290, Rodolfo Teófilo), às quintas-feiras, às 14 horas. Blog: http://migre.me/g03WJ

Saiba mais

Em 12 anos, Fortaleza saltou da 18ª para a 4ª capital com maior número de suicídios. De acordo com o médico psiquiatra Fávio Gomes, as estruturas de lazer de Fortaleza não acompanharam o crescimento da cidade. “As boas praças ou estão dentro dos condomínios ou afastam os frequentadores pela marginalidade”.
 
No Instituto Doutor José Frota (IJF), segundo Fábio, pelo menos quatro pessoas por dia dão entrada no hospital por tentativa de suicídio. Ele revela que os casos de mortes por essa natureza são subnotificados por entrarem nas causas quedas, intoxicações e acidentes de trânsito.
Fonte: O Povo Online

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Psiquiatria de novela repete estereótipo antigo

Internações como a de Paloma em ‘Amor à Vida’ são práticas superadas nos últimos 40 anos

Nenhuma área da medicina tem tanto apelo para a ficção como a psiquiatria. A perda da razão é tão assustadora e fascinante que está presente em incontáveis livros, filmes, peças, pinturas. E também nas novelas. Desde pelo menos A Rainha Louca, de 1967, até a internação de Carminha (Adriana Esteves), em Avenida Brasil, no ano passado, a teledramaturgia é recheada de personagens que enlouquecem ou acabam em hospitais psiquiátricos, como Félix (Mateus Solano) conseguiu fazer com Paloma (Paolla Oliveira) em Amor à Vida.
Paolla Oliveira com Antonio Fagundes - Divulgação
Divulgação
Paolla Oliveira com Antonio Fagundes
Ao mesmo tempo, poucas áreas médicas são tão criticadas. Como no início dessa especialidade não havia muito a oferecer aos doentes, o grosso do tratamento consistia em manter as pessoas confinadas até o surto passar. O eletrochoque era um dos poucos recursos e era tão eficaz que acabava recomendado para tudo – inclusive para punir.
Vale ressaltar que, após uma reformulação nas indicações e nas diretrizes éticas para sua utilização, como uso de anestesia, hoje em dia sua eficácia e segurança são mundialmente reconhecidos, não sendo justo acusá-lo de ser antiético ou desumano. Antiético e desumano é privar pessoas do mais eficaz tratamento disponível.
Além disso, inicialmente, os diagnósticos psiquiátricos eram pouco consistentes, o que dava margem a distorções, como o uso da internação como forma de punição. A estratégia usada por Félix para internar sua irmã inspira-se diretamente nessas antigas falhas indicadas num estudo publicado em 1973 na revista Science.
Para ver se os médicos saberiam diferenciar doentes mentais de pessoas sãs, voluntários foram a hospitais dizendo estar ouvindo barulhos e acabaram internados. Mesmo se comportando normalmente, permaneceram ali por em média 19 dias, pois tudo o que faziam era interpretado como sinal de doença mental. Afinal, imaginava a equipe, eles não estariam lá se não tivessem problemas mentais, como raciocinou a médica para desespero de Paloma quando foi internada.
Embora caricata, a personagem retratou bem esse tipo de atitude em que, tendo-se decidido a priori que a pessoa é doente, passa-se a explicar tudo o que ela fala como sintoma de loucura.
É um perigo, mas temos que reconhecer que isso não é psiquiatria. Nos últimos 40 anos, muita coisa mudou. Os diagnósticos foram padronizados e ganharam consistência, a ponto de a última repórter que tentou repetir a experiência dos anos 70 não ter conseguido ser internada em nenhum hospital psiquiátrico. Felizmente a ciência avança. Às vezes mais rápido do que a ficção se dá conta.
DANIEL MARTINS DE BARROS É PSIQUIATRA, PROFESSOR COLABORADOR DO DEPARTAMENTO E DO INSTITUTO DE PSIQUIATRIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS (IPQ-HC), ONDE COORDENA O NÚCLEO DE PSIQUIATRIA FORENSE (NUFOR), E COLUNISTA DO PORTAL E DA RÁDIO ESTADÃO
Fonte: Estadão

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Equipe e Pacientes comemoram mais um aniversariante do mês


Na tarde dessa última sexta-feira(30/08) foi comemorada mais uma edição do Projeto Aniversariantes do Mês do Hospital Severino Lopes. A tarde foi de alegria e de confraternização entre os participantes, que foram contemplados com um delicioso bolo com refrigerante.





O nosso agradecimento a voluntária  Dona Dalvaci que gentilmente todos os meses disponibiliza o bolo para a festa.

Acompanhe a seguir as imagens da festa:












SUS desativou quase 13 mil leitos entre 2010 e 2013

No Rio Grande do Norte, o impacto da redução acarretou na desativação de 267 leitos em hospitais da capital e do interior.

Entre janeiro de 2010 e julho de 2013, quase 13 mil leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) foram desativados. O levantamento, baseado em dados do Ministério da Saúde, foi feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).


No Rio Grande do Norte, o impacto da redução acarretou na desativação de 267 leitos em hospitais da capital e do interior.


A psiquiatria, com 7.449 leitos a menos, foi a especialidade com maior queda. Na pediatria houve redução de 5.992; na obstetrícia, 3.431 e na cirurgia geral houve uma redução de 340 leitos. Em janeiro de 2010, o SUS tinha 361 mil leitos, em julho deste ano, caiu para 348.303.

O Ministério da Saúde explicou, em nota, que houve queda de leitos psiquiátricos em função de uma nova política, que não prioriza a hospitalização de pacientes com agravos de psiquiatria. Porém, a psiquiatra Fátima Vasconcelos avalia a política como "equivocada". "Medicamentos novos permitem que os pacientes sejam tratados em casa, mas há inúmeras condições que precisam de internação", disse Fátima. Na opinião da especialista falta planejamento na área, o governo não considerou os níveis de gravidade das doenças psiquiátricas.

Fátima diz que há ilhas de excelência em psiquiatria em hospitais universitários, mas a realidade do serviço público mostra que existe uma grande dificuldade de conseguir uma consulta. "Não existe esse ambulatório tão bem ajeitado que evite internações. É um viés ideológico. Achar que não existe doença psiquiátrica é uma insanidade", disse Fátima.

No período do levantamento, nove estados apresentaram números positivos no cálculo final de leitos ativados e desativados nos últimos dois anos e meio: Rondônia (629), Rio Grande do Sul (351), Espírito Santo (239), Santa Catarina (205), Mato Grosso (146), Distrito Federal (123), Amapá (93), Roraima (24) e Tocantins (9).
Em números absolutos, os estados das regiões Sudeste e Nordeste foram os que mais sofreram redução no período. Na avaliação do presidente do CFM, Roberto d'Ávila, os dados revelam de forma contraditória o favorecimento da esfera privada em detrimento da pública na prestação da assistência à saúde.
No estado do Rio de Janeiro, 4.621 leitos foram desativados desde 2010. No Nordeste, a maior queda foi no Maranhão (-1.181). Entre as capitais, o Rio de Janeiro foi a que mais perdeu leitos na rede pública (-1.113), seguido por Fortaleza (-467) e Curitiba (-325).

Para o Ministério da Saúde, o CFM não considerou o contexto da redução de leitos. A pasta informou em nota, que entre 2007 e 2013, houve aumento de 63% no número de leitos de UTI no país, que passaram de mais de 11,5 mil para 18,8 mil e são voltados para pacientes em estado grave. A pasta também explica que houve ampliação nos programas de vacinação, o que diminuiu o número de crianças internadas e, consequentemente, a necessidade de leitos na área.

O Ministério da Saúde também destacou a criação do Programa Melhor em Casa, que oferece atendimento domiciliar com equipe multidisciplinar e o reforço na atenção básica e nas unidades de Pronto-Atendimento, ações que, de acordo com a pasta, reduzem a necessidade de leitos para internação.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Direção do Hospital Severino Lopes reúne-se com presidente da Caern

Com o objetivo de estreitar os laços entre a Sociedade Prof. Heitor Carrilho e Companhia de Águas e Esgoto do RN - Caern, o diretor administrativo do Hospital Severino Lopes, Cláudio Lopes, se reuniu na última quarta(28/08), com o presidente da Caern, Engenheiro Yuri Tasso.

Na reunião foram discutidos entre outros assuntos, a retomada da negociação entre as duas instituições para quitação de dívida da época em que a instituição funcionava como Casa de Saúde Natal.

Além disso, foi levantado a possibilidade da realização de um convênio entre as Sociedade Prof. Heitor Carrilho e a Caern para doação dos usuários através do boleto mensal de conta da água. Dr. Yuri de Tasso aproveitou a oportunidade para divulgar os avanços da sua gestão, marcada por investimentos na infraestrutura, no saneamento das contas e busca de equilíbrio financeiro. 
O saldo da reunião foi bastante positivo, havendo bastante receptividade em atender as demandas do Hospital por parte da presidência da Compahia. Também participaram da reunião o assessor jurídico do HSL, Dr. Octacílio Bocaiuva, e o diretor comercial e financeiro da Caern, Dr. João Maria Alves de Castro.


Da esquerda para direita o Dr. Octacílio Bocaiuva e Dr. Cláudio Lopes

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