A luta contra o preconceito ao cidadão portador de transtornos mentais, a psicofobia, marcou a sessão solene proposta pelo deputado estadual Hermano Morais (PMDB) nesta sexta-feira (15) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Celebrado no dia 12 de abril, o Dia Nacional de Enfrentamento à Psicofobia, foi criado por lei federal de autoria do suplente de senador Paulo Davim (PV), que recebeu homenagem da Casa.
"Com o objetivo principal de combater atitudes preconceituosas e
discriminatórias às pessoas com deficiência ou transtornos mentais, a
Casa Legislativa do Rio Grande do Norte cumpre seu papel de alertar a
sociedade para o tema no momento em que realiza a Sessão Solene sobre a
psicofobia. Ao mesmo tempo em que relembra e enaltece o trabalho do
ex-deputado estadual, Paulo Davim, que como senador da República, foi o
autor do Projeto de Lei 263/2014, aprovado este ano, que instituiu o Dia
de Enfrentamento à Psicofobia", disse o presidente da Assembleia,
deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), durante a solenidade.
O deputado Hermano Morais (PMDB) reiterou o compromisso em lutar pela
causa. “Dia 12 de abril é o aniversário do humorista Chico Anysio, que
antes de morrer concedeu depoimento contando o quanto sofria de
depressão. Assim como ele, cerca de 700 milhões de pessoas no mundo tem
doenças mentais. No Brasil, esse número chega a 46 milhões”, conta o
parlamentar que homenageou ainda o suplente de Senador e médico Paulo
Davim. “Nos comprometemos em envolver todos os esforços possíveis e
auxiliar nesta luta para combater a discriminação e assegurar à
população o digno tratamento”, complementou.
Representando a Associação Norte-riograndense de Psiquiatria, o médico
Leonardo Albuquerque
Barbosa falou defendendo que a psicofobia seja considerada crime. “Diferente de outros cidadãos que sofrem preconceitos, as pessoas que tem transtornos mentais muitas vezes não possuem direito de defesa. É a forma mais cruel de discriminação”, considera o psiquiatra.
Barbosa falou defendendo que a psicofobia seja considerada crime. “Diferente de outros cidadãos que sofrem preconceitos, as pessoas que tem transtornos mentais muitas vezes não possuem direito de defesa. É a forma mais cruel de discriminação”, considera o psiquiatra.
Cid Fonseca falou em nome da Associação de Familiares e Amigos de
Doentes Psiquiátricos e defendeu a ampliação do número de Centros de
Apoio Psiquiátricos (CAPs) e a disponibilização de maior número de
consultas por parte do SUS. “A verdadeira liberdade para essas pessoas é
o tratamento. Se libertar das dores, das angustias, da depressão.
Precisamos lutar para que elas tenham tratamento digno, diminuindo o
número de suicídio que tem crescido tanto”, alertou.
O homenageado Paulo Davim agradeceu a proposição do deputado Hermano
Morais. Para ele, a sessão solene é um “divisor de águas” no Rio Grande
do Norte. “Esta Casa é a caixa de ressonância da sociedade e pode
estimular a discussão entre a população. Precisamos acabar com esse
preconceito, que retarda o tratamento”, afirmou.
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