segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Agência Fotec da UFRN divulga ações do stand do Hospital na Cientec


Hospital expõe artesanato de pacientes com transtornos mentais

Produção é incentivada através de oficinas



Material é produzido por internos do hospital. Foto: Felipe Araújo/Agência Fotec. 

Por Felipe Araújo

Com balões coloridos e uma mesa cheia de artesanato feito com material reciclável, o estande do Hospital Psiquiátrico Professor Severino Lopes na Cientec traz para discussão os transtornos mentais. A instituição, que há mais de 50 anos trabalha com pacientes que sofrem de esquizofrenia, transtorno de bipolaridade e dependência química, apresenta ao evento uma coleção de objetos artísticos feitos pelos próprios pacientes durante oficinas da entidade. Papai Noel feito de pote de sorvete, porta canetas de pequenos rolos de papel, árvores de natal de tampas metálicas de garrafa e um porta-pulseira em forma de árvore são apenas algumas das produções exibidas.

De acordo com a integrante do grupo de oficinas do hospital, Noraide Maria de Araújo, as atividades contribuem consideravelmente para a melhora dos pacientes. “O pessoal relaxa fazendo essa arte. Esquecem de assuntos como medicamentos e altas e acabam descobrindo algo que nunca pensaram em fazer: a arte. E isso ajuda muito para a melhora do paciente”, relata Noraide, que trabalha há 33 anos na instituição.

Além de artesanato, o Severino Lopes oferece outras atividades. Exercícios físicos como caminhadas, exibição de filmes e experiências com música e teatro fazem parte da rotina do tratamento. De acordo com a assessora de comunicação da unidade hospitalar, Elis Rocha, a metodologia usada no processo se apóia na humanização. “Nosso trabalho vai além dos medicamentos. Queremos tratar o paciente como um verdadeiro ser humano, tratando seu corpo, sua mente e lidando com sua personalidade”, explica ela.

Ela informa ainda que a família também está inclusa no processo. “A família deve estar preparada para receber bem o paciente e não tratá-lo com estranheza ou preconceito. Por isso, é importante fazermos esse apoio psicológico com eles e esclarecer que esse tipo de problema existe tratamento e cura. Na verdade, isso deve estar presente em todas as camadas da sociedade”, completa. 

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