O presente artigo tem como objetivo identificar o perfil clínico e sociodemográfico dos suicidas de 2013 a 2017 em Aracaju e reconhecer a visão dos familiares acerca dos fatores associados ao ato.
Trata-se de um estudo exploratório, transversal e quantitativo, realizado na residência dos familiares dos suicidas do período de 2013 a 2017 de Aracaju/SE. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário autoaplicável, construído pelas pesquisadoras, com questões referentes à história clínica e sociodemográfica do suicida e acerca da percepção do familiar sobre o caso. Além disso, utilizou-se informações dos atestados de óbito do período. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa e participaram 37 familiares.
Constatou-se predomínio de suicida jovem, homem, católico, casado, heterossexual, com ensino fundamental ou médio, autônomo, sem diagnóstico de depressão ou outra doença psiquiátrica.
Os familiares associaram o ato principalmente a problemas amorosos e doenças psiquiátricas. A maioria dos suicidas não tinha tentativas prévias, nem deixou indícios sobre sua intenção de morte. O método mais utilizado foi o enforcamento.
Os resultados apontam um perfil de suicidas similar ao relatado em outros estudos no Brasil e no mundo. O delineamento desse estudo pode fornecer subsídios para implementação de medidas preventivas.
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