quarta-feira, 19 de agosto de 2015

EJA contribui com a autoestima e continuidade dos estudos no Hospital Severino Lopes

Pacientes do HSL assistindo filme para debate pedagógico.
Foto: Assessoria de comunicação. 

Todas as manhãs de segunda-feira à sexta-feira, os pacientes do Hospital Severino Lopes (HSL) têm encontro marcado com Aldenira Aprígio e Sonally Guedes, pedagogas que participam do Programa Novas Turmas de Educação de Jovens de Adultos (EJA) nas Etapas - Ensino Fundamental e Ensino Médio. Trata-se de um programa desenvolvido pelo Ministério da Educação que é ofertado aqui no Rio Grande do Norte pela Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC) por meio da Subcoordenadoria de Educação de Jovens e Adultos (SUEJA).

A plataforma educacional desenvolve suas atividades no HSL desde abril de 2014 e a partir, de então, enriquece as manhãs dos usuários com aulas e com atividades pedagógicas, como exposição de vídeos motivacionais, ensaio de coral, aula de canto, ensaio de peças teatrais, atividades manuais de colorir e corte e costura.

Para a psicóloga do hospital, Sandra Uchôa, as atividades pedagógicas criam um momento de integração entre os usuários, as professoras e a sociedade. “Essas ações melhoram o quadro clínico do paciente porque ele se percebe como capaz. Capaz de ler, de escrever o próprio nome e também de interpretar e cantar. Desse modo, eles podem expor as próprias opiniões.” destacou Sandra.

Os usuários do Severino Lopes deram o nome de “Escolinha” carinhosamente para as ocupações pedagógicas que participam.  Sonally e Aldenira falam sobre a desenvoltura deles durantes as tarefas, “eles são carentes de atenção e carinho, eles gostam de serem ouvidos”, desabafaram.

Segundo as pedagogas os participantes do projeto, muitos que possuem depressão, conquistam a confiança e o bem estar por intermédio das intervenções realizadas nas atividades realizadas com eles diariamente. Elas ressaltam que “os pacientes sentem saudades e reclamam quando não têm aula, como nos finais de semana e feriados”.

Para a assessora pedagógica da SUEJA, Liz Araújo, o programa é importante porque “permite a continuidade da formação educacional ao longo da vida. Permitindo que jovens, adultos e idosos possam estudar, o que é muito importante para quem não teve acesso à educação”, concluiu.

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