quarta-feira, 3 de julho de 2013

Grupo Teatral "Criando Ideias" do Hospital Severino Lopes se apresenta amanhã(04-07) no Parque das Dunas

O Grupo Teatral "Criando Ideias" promove nesta quinta(04), a partir das 9 horas da manhã, no Parque das Dunas apresentação de Peça de Teatro que aborda o universo do transtorno mental no meio familiar e a alternativa de tratamento na modalidade de internação. O Grupo é formado por pacientes psiquiátricos em tratamento no Hospital Severino Lopes, antiga Casa de Saúde de Natal que tem  revelado grandes talentos na arte de representar. 

O projeto é coordenado pelo psicólogo Leandro Silva e pela terapeuta ocupacional Camila Moura. Criado em março de 2013, o Criando Ideias já apresentou a Paixão de Cristo durante as festividades da páscoas e peça de Teatro no Dia das Mães.

Devido a boa receptividade das apresentações pela plateia, surgiu a ideia de fazer a filmagem no Parque das Dunas de uma apresentação especial para as famílias dos atores, para que possa ficar de recordação para os participantes.

As técnicas de terapia ocupacional e psicologia têm como objetivo contribuir na utilização do teatro como
recurso terapêutico no tratamento de pessoas com transtorno mental, pois através dele, o indivíduo tem a possibilidade de exercer outros papéis sociais, explorando potencialidades, desenvolvendo a auto-percepção, autoestima e expressando sua criatividade. Objetivando na expressão de pensamentos e sentimentos por meio da arte, espaço coletivo de socialização e treinamento de habilidades sociais, possibilitando autonomia, comunicação, expressão de ideias que serão concretizadas no próprio grupo de teatro e, posteriormente, no contato com a sociedade.

Para os coordenadores do projeto a teatralização de um problema, pelas técnicas do Teatro, cria um distanciamento que permite aos participantes (atores e espectadores) observarem o que de fato está acontecendo. Vestindo um figurino, utilizando-se de uma cenografia, música e dramaturgia, o usuário/pacientes e o profissional da saúde mental, agora atores, protagonistas de suas próprias histórias, possibilitando transitar entre vários personagens no palco, ora sendo usuário/paciente, ora sendo médico, ora sendo filho, filha, pai ou mãe, o que permite que eles se vejam de outra maneira e sejam vistos de outra forma também, minimizando o estigma da doença mental e trazendo a questão dos direitos humanos para a sociedade. 

Segundo Augusto Boal, o teatro na saúde mental tem como objetivo desenvolver as capacidades estéticas, favorecendo analisar os problemas do presente, usando a experiência do passado, para inventar o futuro. “Numa sociedade em que se procura excluir o diferente, inventar o futuro é mais do que necessário. O teatro não cura, tranquiliza e dá mais um pouco de felicidade para as pessoas, para não ficarem tão angustiadas”.



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