quinta-feira, 30 de junho de 2011

Nas margens da internet

Por Anna Ester Leite, do Blog Midiáticos


As redes sociais há muito não são mais novidade para ninguém. Indo mais além, somos muitas vezes condicionados a agir de certa maneira com a finalidade de atualizar o perfil em determinada rede. Atire a primeira pedra quem nunca tirou uma foto para atualizar o perfil ou fez alguma coisa (ou em alguns casos fingiu fazer) para responder à pergunta: "o que está acontecendo?"

A palavra-chave é interação. Nós seres humanos - e poderia ressaltar aqui, brasileiros - somos movidos pela necessidade de sociabilizar, de sermos conhecidos. Precisamos estar no centro. As redes sociais atingiram o sucesso que têm justamente por colocar o "eu sou" em foco. Ao utilizar essas redes, a nossa intenção é mostrar ao mundo quem somos e esperar dele uma resposta favorável à nossa personalidade, para que dessa forma possamos nos enxergar como únicos. Ou apenas massagear o ego mesmo.

Ultimamente porém, o foco tem mudado. Surgem nas margens da internet as chamadas redes sociais culturais, em que o "eu sou" se transforma no "eu penso". Unindo sociabilidade e conhecimento, essas redes são voltadas para uma área de interesse mais específico, dando oportunidade que o usuário desenvolva suas opiniões e possa descobrir novos pontos de vista sobre determinada área de interesse.

Esta nova experiência com redes sociais é de extrema relevância no momento histórico em que estamos, onde precisamos cada vez mais ter uma forte base cognitiva e cultural, além de exercitarmos o respeito à opiniões contrárias às nossas e até mesmo saber reconhecer quando estamos errados.  

Essa é a ideia de duas redes sociais criadas no Brasil: o "Filmow" e "O Livreiro", voltadas para, como sugerem os nomes, cinema e literatura. Nelas há espaço para expressar opiniões, avaliar obras, conhecer lançamentos e clássicos além de, como toda rede social, interagir com pessoas que compartilham (ou não) do que você pensa.

O momento agora é de abrir a mente à variedade de produtos culturais feitos ao longo da história. Que tal ver um filme que você nunca achou que iria gostar? Ou ler um livro que foge da sua rotina de leitura? E o melhor, que tal compartilhar com as pessoas a sua experiência com as obras? 

Aos interessados:

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