segunda-feira, 25 de março de 2019

Exercício pode proteger de depressão, aponta pesquisa

Pesquisa realizada nos Estados Unidos comprovou o potencial da atividade física para prevenir o transtorno; mais de 300 milhões sofrem de depressão



Desordem que atinge cerca de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo, a depressão não é de hoje alvo de pesquisas que buscam possíveis formas de preveni-la. E uma das linhas de investigação é o impacto que podem ter as atividades físicas. Um novo trabalho publicado nesta quarta-feira (23), reforça a estratégia.

A pesquisa teve como premissa uma abordagem genética para avaliar o potencial de proteção que fazer algum tipo de exercício pode ter contra o risco de desenvolver depressão.

Para fazer a análise, os pesquisadores, liderados por Karmel Choi, da Unidade de Psiquiatria e Genética do Neurodesenvolvimento do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, identificaram e cruzaram variantes genéticas de resultados de estudos de larga escala feitos para atividade física no Reino Unido e para depressão em um consórcio global.

No caso dos exercícios, foram considerados dois levantamentos: um com 377 mil pessoas, que preencheram relatórios sobre seu nível de atividade; e um outro com 91 mil pessoas que usaram sensores de movimento no pulso, conhecidos como acelerômetros. O banco de dados de depressão incluía informações de 143 mil pessoas com e sem a doença.
Os resultados do trabalho, publicado na revista Jama Psychiatry, indicaram que a atividade física registrada no acelerômetro - mas não a atividade autorreferida - parece exercer uma potencial proteção contra o risco de desenvolver depressão.

Para os autores, as diferenças nos efeitos entre os dois métodos de mensuração da atividade física podem ser resultado não apenas de imprecisões nas memórias dos participantes - ou do desejo de se apresentarem de forma positiva. Mas também do fato de que leituras objetivas captam outros aspectos além do exercício planejado - como caminhar até o trabalho, subir escadas, cortar grama, por exemplo - que os participantes podem não reconhecer como atividade física.

Proteção

"Em média fazer mais atividade física parece proteger contra o desenvolvimento da depressão", comentou Choi em comunicado à imprensa. E qualquer atividade física, explica o pesquisador, parece ser melhor que nenhuma.

"Nossos cálculos aproximados sugerem que substituir um tempo sentado por 15 minutos de uma atividade de bombear o coração, como correr, por exemplo, ou fazer uma hora de atividade moderadamente vigorosa, é suficiente para produzir um aumento médio nos dados do acelerômetro que estava ligado a um menor risco de depressão", complementou.

Ele explica, porém, que uma coisa é saber que a atividade físicas poderia ser benéfica para prevenir a depressão, outra é realmente fazer com que as pessoas se tornem mais ativas. O autor diz que mais estudos precisam ser feitos para descobrir quais são as melhores recomendações para os diferentes tipos de pessoas com diferentes perfis de risco à doença.

Fonte: Agência Estado


quinta-feira, 21 de março de 2019

Nesta sexta-feira(22) Natal recebe personalidades ilustres da saúde mental Nacional em Simpósio sobre dependência química


Simpósio contará com a presença do idealizador da Nova Política de Saúde Mental Brasileira e atual Secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas, Dr. Quirino Cordeiro, do presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina, Dr. Antônio Geraldo, e de um dos maiores especialistas brasileiro no tratamento das drogas, Dr. Ronaldo Laranjeira.

Nesta sexta-feira(22), a cidade de Natal recebe grandes nomes da Saúde Mental do Brasil que estarão ministrando conferências no Simpósio sobre Dependência Química promovido pela Associação Norte-Rio-Grandense de Psiquiatria. O evento acontece a partir das 8h no Hotel Holliday Inn e segue durante todo o dia.

Ao todo, serão seis conferências que prometem trazer às discussões o atual panorama sobre as drogas no Brasil, no aspecto ligado à saúde da população. Não esquecendo, obviamente de abordar aspectos correlatos, como o aumento da criminalidade nos últimos anos.

Um dos nomes de destaque presente no Simpósio é o do Dr. Quirino Cordeiro, atual Secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas do Ministério da Cidadania e que esteve à frente da Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, durante o governo Temer. Quirino foi o responsável pela idealização da Nova Política de Saúde Mental que propõe um tratamento baseado em evidências científicas e uma Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) plural com diferentes graus de complexidade e que promovam assistência integral para diferentes demandas, inclusive, incluindo o Hospital Especializado em psiquiatria na Rede. A nova política procurou atender ao que determina a Lei nº 10.216/2001, que no seu art. 2º parágrafo único, inciso II, diz que são direitos das pessoas portadoras de transtorno mental ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades.

Outra personalidade de renome nacional presente é o Dr. Antônio Geraldo, presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina que apresentará um dos temas mais discutidos na atualidade  “Legalização da maconha: qual o perigo?”.

O evento contará, ainda, com um dos maiores especialistas em dependência química do país o Professor Dr. Ronaldo Laranjeira que abordará a questão da “Recuperação nos usuários de cocaína e crack.”

“Criamos este evento porque temos a convicção de que a sociedade precisa saber mais, discutir mais, se envolver muito mais nesta problemática. Obviamente que o poder público tem seu papel, e que deve ser cobrado. Mas nós, como entidade da psiquiatria, não poderíamos ficar de fora, e estamos fazendo a nossa parte”, disse Gustavo Xavier, presidente da (ANP).

Estão confirmados para o simpósio os psiquiatras:
Dr. Quirino Cordeiro Jr. – Secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas do Ministério da Cidadania
Dr. Antônio Geraldo da Silva – Presidente da Associação Psiquiátrica da América Latina
Dr. Ronaldo Laranjeiras – Escola Paulista de Medicina
Dr. Emerson Arcoverde – Diretor médico do Hospital Universitário Onofre Lopes
Dra. Adriane Caldas – Hospital Universitário Onofre Lopes
Dra. Patrícia Cavalcanti – Hospital Universitário Onofre Lopes
Todas as informações podem ser obtidas pelo site oficial da ANP: www.anprn.org.

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